os meus filhos poderão ver tudo isso. Vocês se preocupavam com essas coisas quando tinham a minha idade? Tudo isso acontece bem diante dos nossos olhos e, mesmo assim, continuamos agindo como se tivéssemos todo o tempo do mundo e todas as soluções.
Sou apenas uma criança e não tenho todas as soluções, mas quero que saibam que vocês também não têm. Vocês não sabem como reparar os buracos causados na camada de ozônio, vocês não sabem como salvar os salmões das águas poluídas. Vocês não podem ressuscitar os animais extintos e vocês não podem recuperar as florestas que um dia existiram onde hoje, é deserto. Se vocês não podem recuperar nada disso, então, por favor, parem de destruir. [...]
Sou apenas uma criança, mas sei que esse problema atinge a todos nós e deveríamos agir como se fôssemos um único mundo rumo a um único objetivo. Apesar da minha raiva, não estou cega e apesar do meu medo, eu não sinto receio de dizer ao mundo como me sinto.
No meu país, geramos tanto desperdício e os países do Norte não compartilham com os que precisam. Mesmo quando temos mais do que o suficiente, temos medo de perder nossas riquezas, medo de compartilhá-las. No Canadá, temos uma vida privilegiada, com fartura de alimentos, água e moradia. Há dois dias, aqui no Brasil, ficamos chocados quando estivemos com crianças que moram nas ruas. Ouçam o que uma delas nos contou: ‘eu gostaria de ser rica e, se fosse, daria a todas as crianças de rua alimentos, roupas, remédios, moradia, amor e carinho’. Se uma criança de rua que não tem nada, ainda deseja compartilhar, por que nós que temos tudo, somos ainda tão mesquinhos? [...]
Eu poderia ser uma daquelas crianças que vivem nas favelas do Rio. Eu poderia ser uma criança faminta da Somália, uma vítima de guerra do Oriente Médio ou uma mendiga da Índia. Sou apenas uma criança, mas ainda assim sei que se todo o dinheiro gasto na guerra fosse utilizado para acabar com a pobreza, para achar soluções para os problemas ambientais, que lugar maravilhoso a Terra seria. [...]
Não esqueçam o motivo de estarem assistindo a esta conferência e para quem vocês estão fazendo isso. Vejam-nos como seus próprios filhos. Vocês estão decidindo em que tipo de mundo nós iremos crescer. Os pais devem ser capazes de confortar seus filhos dizendo-lhes: ‘tudo ficará bem, não é o fim do mundo, estamos fazendo o melhor que podemos’. Mas não acredito que ainda possam nos dizer isto. Estamos sequer na sua lista de prioridades?
Meu pai sempre diz: ‘você é aquilo que faz, não aquilo que diz’. Bem, o que vocês fazem, me faz chorar a noite. Vocês, adultos, dizem que nos amam, mas eu desafio a vocês. Por favor, façam suas ações refletirem suas palavras”.
Um bom discurso para refletirmos sobre nossas ações e promessas.
Link: http://www.youtube.com/watch?v=1l6dow96AU4&feature=related
Postado por: Carolina Barreiro
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